terça-feira, 20 de outubro de 2009

Nossos direitos sobre os animais

Houve um tempo em que o homem acreditou que era o único ser pensante no planeta. "Penso, logo existo" era a máxima do pensamento de René Descartes. Quando eu falo HOMEM, é mesmo só o gênero masculino da nossa espécie, pois as mulheres estavam no mesmo nível dos animais, seres irracionais.
Ufa! Que alívio! Como mulher prefiro estar associada aos animais, do que a homens como aqueles, com tal brutalidade de pensamento.
Com as ideias de Darwin o seres humanos tiveram que se enxergar de outra forma. Todos os animais (inclusive humanos) estavam infalivelmente interligados pela Teoria da Evolução.
Então começamos a pensar se eles também sentiam. Por mais incrível que possa parecer, até poucos anos atrás, acreditar que animais sentiam dor, amizade uns pelos outros, fraternidade, raiva, e outros sentimentos era taxado de antropomorfismo (atribuir qualidades humanas aos animais). Entre a comunidade científica era pejorativo ser taxado dessa forma, como aconteceu com a famosa primatologista Jane Goodall, ao atribuir "sentimentos humanos" aos chimpanzés, que ela tão dedicadamente estudava.
Sentimentos humanos... como se nós fôssemos os criadores e donos de todos os sentimentos.
Hoje a senciência, que é a capacidade de sentir dor e emoções, é também atribuída aos animais, havendo inúmeros trabalhos científicos sobre o tema.
Bem, agora que o mundo científico está provando que os animais sentem dor e emoções, é importante repensarmos certos conceitos: a criação de animais para o consumo humano; o transporte desses animais para o abate; a forma de abate; o uso de animais em pesquisa; o uso de animais para o trabalho. Cada um desses temas deve ser pensado com muito carinho.
Quando sei de uma criança que é vegetariana, penso que essa é a evolução da humanidade. Mas enquanto a humanidade não evolui de "onívora" para "vegetariana" ao menos cuidemos do bem estar dos animais que serão nossa comida, enguanto estão vivos!!!
Se as pesquisas científicas acontecem com o uso de animais, e isso é permitido por lei, exijamos que os comitês de ética trabalhem de forma séria, verificando a real importância científica do uso desses animais em cada projeto de pesquisa, e que nunca, jamais, eles sofram dor, sede, fome, desconforto, enquanto servem à humanidade. Só dessa vez, vamos torcer contra a lei universal do retorno, pois eu sinceramente espero, que nossos descendentes não sejam submetidos a experimentos, como no filme "O Planeta dos Macacos".
Estamos nesse planeta com propósitos sérios, não a passeio. Vamos defender nossas ideias! Vamos defender nossos irmãos animais!

Nenhum comentário: