A grande dificuldade do Ibama é encontrar áreas para reinserir os animais. São
cada vez mais raras e, em muitos casos, propriedade privada. Os donos precisam
autorizar o trabalho dos técnicos.
O retorno começa no centro de triagem do Ibama, em Fortaleza (CE). São
diversas espécies, umas trezentas já chegaram ao local. Quinze tartarugas com
nacionalidades diferentes esperam por um novo lar. Algumas são originárias da
Amazônia, outras, dos Estados Unidos, mas todas terão o mesmo destino: o
zoológico de Canindé, no sertão cearense.
As pessoas compram os animais silvestres, ainda filhotes, de vendedores
clandestinos. Quando eles ficam maiores, os donos perdem o interesse e os
abandonam. Algumas tartarugas, por exemplo, foram encontradas em lagoas de
Fortaleza.
São as cores das araras que as tornam cobiçadas. O desejo dos criadores fez
deste animal presa fácil para os caçadores. Algumas espécies, como a arara azul,
estão em processo de extinção. Elas devem ser devolvidas à natureza nos próximos
meses. Serão levadas para o Mato Grosso (MT).
Por ano, o Ibama faz 36 operações de devolução de animais ao meio ambiente,
no Ceará. Os animais são embarcados para uma viagem de duas horas até
Guaramiranga, no maciço do Baturité, um dos poucos recantos de Mata Atlântica do
semi-árido. O novo lar fica em uma reserva ecológica. A área tem 114 hectares de
mata virgem.
Fonte: Portal do CFMV (acessado em 07/03/2013).
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