Geriatria Veterinária

 

Os animais de estimação, principalmente cães e gatos, estão mais longevos. Convivem intimamente com suas famílias humanas, muitas vezes na sala de casa, no sofá, e até mesmo na cama com seus donos. Cabe aqui um aparte para falarmos sobre o termo “dono” que está sendo substituído por “tutor” ou “responsável”, reflexo da mudança que está ocorrendo na nossa sociedade. O animal é hoje um membro “não-humano” da família, e é querido por todos como tal. Com essa ascensão social dos animais de estimação, os cuidados com sua saúde e principalmente a prevenção de doenças cresceu muito. Hoje os animais podem ser vacinados contra inúmeras doenças, como leishmaniose, leptospirose, raiva, gripe canina, giárdia, todas essas transmissíveis ao ser humano, e ainda, cinomose, parvovirose, hepatite, rinotraqueíte, panleucopenia, entre outras. A tecnologia evoluiu para o bem da saúde dos nossos amigos peludos e para a nossa saúde também. No quesito alimentação as rações  se dividem por faixa etária, por tamanho do animal, e até por raças. Existem rações para eliminação das bolas de pelos dos gatos, para animais com problemas de saúde, como problemas cardíacos, renais, pele, diabetes, tudo balanceado de acordo com a necessidade de cada quadro. Existem vitaminas para os animais idosos, medicações para problemas relativos à idade avançada, como a síndrome do cão idoso, medicações para suporte cardíaco, analgésicos que podem ser usados por longos períodos pra problemas de artrose. Com todos esses cuidados acaba sendo muito comum encontrarmos cães e gatos com 16, 17, 18 anos, vivendo felizes.

Para que eles possam ter saúde na chamada “melhor idade”, precisamos ter alguns cuidados, como levá-los semestralmente ao médico-veterinário para exames de rotina que podem incluir um hemograma, provas renais e hepáticas, em casos de suspeita de problemas cardíacos um eletrocardiograma, e em alguns casos um ultrassom. É sempre melhor atuar preventivamente do que tratando a doença já estabelecida.